Pra cantar o cururu
Tem que ser desta maneira
Cururu pra ser bonito
É um verso em cada carreira
Este é o primeiro verso na carreira de São João
Vou louvar a imagem santa de joelho pelo chão
Eu canto verso trovado sempre na imaginação
Tenho o verso na cabeça que nem terra no terrão
Este é o segundo verso na carreira do sagrado
O salto de Piracicaba é pedra pra todo o lado
Pra cima corre ligeiro, pra baixo mais sossegado
No meio faz um remanso onde os peixe tão parado
Vou cantar o terceiro verso, carreira Santa Terezinha
Se você pegá um peixe, como ele com farinha
Aqui vóis não pega nada, só pega lambarizinha
Eu quero ver nesta sala este peixe quem cozinha
Vou cantar o quarto verso, carreira Santa Catarina
Eu gosto de tora grossa, não gosto madeira fina
Quando a tora é muito grossa levo pra minha oficina
E da tora faço o caibro e divido em quatro quina
Tem quem canta o cururu, canta de qualquer maneira
Escute preste atenção a carreira da bandeira
Cantador que não é firme eu amarro na toceira
Eu jogo ele pra fora e depois fecho a porteira