Quando a lua surge atrás da mata
Vem iluminando os ramos vegetais
Vejo meu rancho tão abandonado
Cheio de folhas que dos ramos caem
A brisa passa trazendo a saudade
Do meu amor que muito longe vai
Olho pra lua triste soluçando
Vejo as estrelas no céu a brilhar
Até parece que estou enxergando
Aquela ingrata que em faz penar
Triste lamento no braço do pinho
E os seus carinhos eu vivo a recordar
Em alta noite silêncio profundo
Triste sozinho ponho-me a cantar
Meu pinho chora triste no meu braço
Vai disfarçando este meu penar
Aquela ingrata me deixou sofrendo
Agora eu canto só pra não chorar
Porém se um dia neste meu ranchinho
Por um desvairo a morte vir buscar
Eu vou deixar uma triste lembrança
A toda gente que aqui chegar
É meu violão que vai ficar de luto
Em serenata não vai mais tocar